domingo, 31 de outubro de 2010
Entre o ir e o ficar
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Gosto...
domingo, 24 de outubro de 2010
DalaiLama
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Voltas
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Estaremos presos num mundo de ilusão?
Será que passamos demasiado tempo a viver a vida dos outros? E será que o fazemos para não prestar demasiada atenção na nossa própria vida? É para isso que serve a televisão. Para sairmos de nós, não temos de nos encarar, nem perceber que existimos. Existe outra vida, que tomamos como nossa e que acompanhamos religiosamente no rectângulo mágico.
Com a vinda das novas tecnologias que nos permitem ter acesso a inúmeros canais e gravar aqueles episódios que passam quando estamos ausentes, a situação piorou. Assim que chegamos a casa perdemos a nossa identidade. Basta premir o botão no comando e seguir viagem pelos sapatos de outras pessoas, que por vezes nem sequer existem. Vivemos os acontecimentos da estrela principal de perto, como se fizéssemos parte de uma qualquer série ou então deixamos mesmo de existir, convencidos que tudo o que dá no televisor é melhor, tudo nos ultrapassa, tudo é mais interessante do que estar connosco, sozinhos. E quando estamos com alguém, talvez seja a forma de fugir para dentro de um DVD para não encarar a companhia.
Ao seguirmos determinadas séries queremos seguir determinados estilos de vida, ter uma parte daquela felicidade ilusória que passa todos os dias às 21.00h. Queremos ser como eles, ter o que eles têm, e transparecer um ar de simplicidade acompanhado por muitos amigos que aparecem sempre no momento certo.
A vida não é assim. Por vezes a televisão inspira-se na vida real, mas não podemos cair no erro de considerar que a ilusão nos vai inspirar melhor, quando aquilo que faz é afastar-nos de nós próprios...